Wednesday, May 30, 2007

Um Clássico

Um dos grandes sonetos (de métrica alexandrina) da Literatura Evangélica,
de Mário Barreto França



SER CRENTE

Ser crente é descansar, num Deus que é caridade,
A esperança que alenta e a fé que nos redime;
É sentir dentro d'alma essa doce vontade
De semear o bem, de combater o crime...

Ser crente é refletir de Jesus a humildade
Para os outros vivendo em renúncia sublime;
É ter sempre um consolo à dor que ao peito invade,
É ter sempre um conforto à tristeza que oprime...

Ser crente é conquistar para Deus que perdoa,
De uma existência má para uma vida boa,
O coração que sofre ao peso de um labéu.

Ser crente é possuir como prêmio fecundo
O encanto de viver e ser feliz no mundo,
A glória de morrer e ser feliz no céu.

Wednesday, May 23, 2007

Passagem para o Céu



O Pr.Carlos Baptista, Director da revista «Novas de Alegria», amigo pessoal há três décadas, morreu. Morreu jovem. Foi chamado por Deus, a Quem serviu, sobretudo, nas áreas da comunicação social, teatro evangélico, poesia, etc. Desde o dia 18 de Maio que as pessoas, os lugares, as coisas literárias, onde colocava os seus olhos, estão hoje vazias.
A minha homenagem radica no espírito deste blog: papéis na gaveta. Com efeito, há 30 anos que guardava nos meus arquivos 17 folhas-autógrafo com poemas manuscritos do Carlos Baptista, enviados por ele. Provavelmente com a possibilidade de datação ecdótica de 1975(?). É uma dessas folhas que deixamos acima, como saudade!

Thursday, May 10, 2007

O Factor Bezerro de Ouro


O FACTOR BEZERRO DE OURO

BlockquoteO episódio do Bezerro de Ouro poderia ter representado, dramaticamente, o fim da história dos hebreus, salvaguardadas as devidas proporções quanto ao uso daquela designação dos finais do século XX.
No que diz respeito àquela expressão-o Fim da História-, que representa o fim dos processos históricos caracterizados como processos de mudança, é óbvio que não se pode aplicar ao incidente do Bezerro de Ouro. Nem as ideologias socialista e comunista, nem Fukuyama, nem o capitalismo, existiam ainda.
Não se daria, portanto, a queda de nenhuma ideologia, aconteceria, sim, uma aniquilação pura e simples de todo um povo, com a sua religião, a sua economia, a sua sociedade, a sua cultura próprias.
Provenientes de um sincretismo pagão, por assim dizer, estavam agora de posse da Ideia do Deus Único, e deveriam pautar sua cultura, sua conduta social, sua economia e, acima de tudo, a sua religião, subordinando-as à Revelação do Deus Único.
Esse momento de ruptura com a Revelação, esse episódio dramático de idolatria, acabou por dar lugar a outra coisa, ao tremendo paradigma do Perdão.
(Artigo em preparação para Portal Evangélico e revista Novas de Alegria)